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28 de agosto - escrito por Volnei Canonica no blog.clubquindim.com.br

Desde o nascimento, o bebê encontra no rosto da mãe as suas primeiras leituras. Na voz dela, acompanha a musicalidade que se distingue da voz de outros adultos. O bebê capta os movimentos faciais, o olhar, o movimento da cabeça. E aos poucos constrói com essa linguagem repertório e significados. Por isso dizem que o primeiro livro do bebê é o rosto da mãe…
Aos poucos, o bebê começa o seu balbuciar criando a própria voz e melodia, conforme interage com o estímulo que recebe não só da mãe mas de todos que o cercam. E logo se estabelece um novo diálogo, entre o bebê e o adulto, com ritmo, modulação de voz etc.
Nos trava-línguas, cantigas de ninar, lengalengas e parlendas, encontramos muitos elementos que brincam com a linguagem, contribuindo com grande eficiência no desenvolvimento da comunicação do bebê e na sua criação de sentidos através da narrativa verbal. Por isso, nos momentos de convivência, é importante o adulto parar, prestar atenção, reparar, estar realmente disponível para perceber as diferentes formas que o bebê encontra para se comunicar, seja apontando com o dedo para uma palavra ou imagem, seja na tentativa de virar a página, ou de morder sempre um mesmo livro. Essas ações não são aleatórias. As escolhas do bebê privilegiam suas necessidades e desenvolvem o imaginário.
Ler livros para um bebê faz com que esses objetos ganhem um valor simbólico para o pequeno, assim como tem a chupeta, a boneca, o carrinho, a bola. Mesmo que os bebês permaneçam pouco tempo prestando atenção, a leitura é entendida por eles como um momento de atenção, de cuidado, de amor, e cria importantes laços de afeto entre eles e os adultos.
Além disso, a leitura compartilhada em voz alta aguça a curiosidade do bebê, que fica esperando ouvir novamente a palavra, um novo som, um ritmo diferente, um acontecimento. O bebê acompanha a respiração, a pausa, as entonações e o ritmo que o adulto usa para contar a história. Essa leitura torna-se, assim, fundamental para o bebê se apoderar aos poucos do código verbal e visual estruturando uma narrativa. Estruturando o pensamento.
Quando brincamos com o bebê, imitamos o seu balbuciar, mostrando que valorizamos a sua língua, e usamos uma linguagem coloquial incluindo palavras e sons que remetem a nossa infância, nosso repertório. Mas precisamos, aos poucos, e com o apoio de livros de literatura de qualidade, alcançar a linguagem narrativa. A linguagem narrativa é fundamental para que a criança adquira habilidades e condições de aprender e apreender a escrita e a leitura, contribuindo assim na alfabetização e no letramento.
Se ler é compreender, construir sentidos, significados, então quando contamos uma história para uma criança estamos oferecendo esse exercício a ela. Mesmo que no início ela não tenha muita paciência para escutar as histórias, precisamos continuar lendo, senão todos os dias, ao menos com uma certa rotina. Construir sentidos é um processo que exige um trabalho contínuo. Persista porque você vai perceber que conforme a criança se familiariza com a linguagem, aos poucos ela escutará histórias maiores, com personagens e enredos mais complexos.
A leitura desde os primeiros anos é fundamental:
A criança se foca na busca de sentido nas narrativas e ao seu redor, criando conexões entre a ficção e a realidade.
Ao buscar sentido na ficção, a criança realiza o simulacro e a catarse.
Por meio das histórias, ela pode brincar de ser herói, bruxa, bicho, monstro ou uma criança de outra cidade ou outro país, com diferentes costumes.
A leitura gera empatia, que é a forma de se colocar no lugar do outro, fazendo muitas vezes com que a criança assuma o lugar de personagens para vivenciar e entender os próprios limites, medos, coragens, dores da perda, raiva, alegria e tantos outros sentimentos que nos fazem humanos, e que a criança traz consigo desde os primeiros dias de vida.
Por tudo isso é importante que as crianças tenham contato com as histórias desde o berço. Contato com a imagem e a palavra. Contato com o som, o ritmo, a poesia. Contato com a leitura compartilhada com o adulto, com a família. Ter bons livros em casa possibilita ao adulto destinar seu tempo para a leitura e criar uma rotina.
O Clube de Leitura Quindim, preocupado com a formação leitora desde o berço, indicou alguns livros para esses momentos de afeto:
Cadê o pintinho, de Marcia Leite e Anita Prades, Editora Pulo do Gato
Filó e Marieta, de Eva Furnari, Editora Paulinas
O jornal, de Patricia Auerbach, Editora Brinque-Book
Um abraço passo a passo, de Tino Freitas e Jana Glatt, Editora Panda Books
Livro Clap, de Madalena Matoso, Editora Companhia das Letrinhas
Volnei Canônica é formado em Comunicação Social – Relações Públicas pela Universidade de Caxias do Sul, com especialização em Literatura Infantil e Juvenil também pela Universidade de Caxias do Sul, e especialização em Literatura, Arte do Pensamento Contemporâneo pela PUC-RJ. É diretor do Centro de Leitura Quindim e colunista do Publishnews. Ex-diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, do Ministério da Cultura. Coordenou no Instituto C&A de Desenvolvimento Social o programa Prazer em Ler. Foi assessor na Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Na Secretaria Municipal de Cultura de Caxias do Sul, assessorou a criação do Programa Permanente de Estímulo à Leitura, o Livro Meu. Também foi jurado de vários prêmios literários.



